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Cultura

Grito Rock Praia arranca a 27 de Março com destaque para as mulheres cabo-verdianas

A programação da 6ª edição do festival Grito Rock Praia foi divulgada esta quarta-feira, 7, junto da imprensa. Este ano, o evento tem uma duração menor e um orçamento mais reduzido.
É a sexta vez que a cidade da Praia acolhe o festival de música alternativa Grito Rock. Este ano, o evento arranca a 27 de Março, com uma peça musical em homenagem às mulheres cabo-verdianas, e vai até dia 6 de abril.
A duração mais reduzida, uma semana em vez de duas, prende-se com o facto da produtora do Grito Rock, a Artikul CJ, estar igualmente envolvida noutro grande evento ao nível cultural – o Atlantic Music Expo, AME, que acontece também em abril.
O homenageado desta edição é Osvaldo Lima, mais conhecido por Nené, integrante do grupo Bulimundo.
Apesar de ter menos dias, a programação é intensa. O evento começa com o Grito Rock Mudjer, a 27 de março, que vai consistir numa homenagem às mulheres cabo-verdianas em forma de peça musical e que vai contar com a presença de nomes como Vera Cruz, Zubikila Spencer, Teresinha Araújo, Ellah Barbosa, Sílvia Medina, Alícia Freitas e Vera Figueiredo. Ivan Medina vai assumir a direção musical deste projeto.
Segue-se o espaço dedicado aos mais novos com o Mini Grito Rock e que este ano vai acontecer num evento na escola SOS, na Fazenda, em que os fundos arrecadados serão canalizados para construir uma biblioteca nesta instituição.
A 31 de março, sábado, tem lugar o festival Grito Rock Praia na Praça Luís Camões, no Platô. O evento conta com a participação de bandas nacionais e estrangeiras: Najam, Djam Neguim e RockDilha (do homenageado Nené), Mentis Kriolu do Tarrafal, Barry White Gone Wrong e Sebenta, de Portugal; Charlie & The Damn Good Band e Ajeeb, de Espanha; Black Shoes, da Alemanha, e Afro Poncho, do Equador.
A banda Primitive, anfitriã do certame, não vai atuar no festival, mas vai aproveitar o momento para lançar o videoclip do tema “Paranoia”, segundo adianta César Freitas da organização.
O evento que tem entrada gratuita arranca às 16H00 e é transmitido em direto pela RCV+.
A organização lamenta a dificuldade em “conseguir bandas nacionais”, avança a mesma fonte à imprensa. “Talvez faltem incentivos e espaços para estas novas bandas atuarem”.
Outro aspeto referido pela organização é que este ano não haverá participação de bandas brasileiras, pois com o cancelamento dos voos diretos para o Brasil (a partir de Cabo Verde), os custos para trazer os artistas eram elevados.
No âmbito do evento, acontecem igualmente dois workshops na Cidade Velha.
O orçamento da 6ª edição é de cerca de três mil contos, sendo que a organização evidencia que se trata de um orçamento colaborativo em que várias entidades, nomeadamente as embaixadas de Portugal e de Espanha, contribuíram com o alojamento e alimentação dos artistas dos respetivos países.
Parceira desde a primeira edição em 2013, a Câmara da Praia, na pessoa do vereador da Cultura, António Lopes da Silva, avança que a edilidade vai formalizar a sua parceria com a organização do evento ainda neste mês de março.
Para o vereador, este festival “também contribuiu para que a cidade da Praia fosse recebida no seio da Rede das Cidades Criativas da Unesco”. A capital pertence à rede da qual fazem parte 17 cidades, desde 2017.
Sobre a deslocalização do evento para outras cidades do país, Ricardo Teixeira, da Artikul CJ, responde que a organização está aberta a propostas, apesar de salientar que este tipo de festival de música alternativa tem de ter o seu público e que as tentativas que aconteceram até então não tiveram grande adesão do público, nomeadamente em Tarrafal e Mosteiros.
C/Sapo

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