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Cultura

Santa Catarina: Ministro da Cultura promete ajudar olarias de Fonte Lima com “acções imediatas”

O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas disse que vai ajudar as duas casas de cerâmica de Fonte Lima, na aquisição de alguns equipamentos básicos, como tornos e máquinas para preparação do barro, com “acções imediatas”.
Abraão Vicente assumiu esse desafio perante as oleiras de Fonte Lima, no concelho de Santa Catarina (interior de Santiago), durante a sua visita, este fim-de-semana, às duas olarias existentes nessa localidade, para se inteirar dos seus projectos e necessidades.
Conforme explicou, como forma de minimizar os efeitos da seca que assolou este ano o país, o Governo gizou um programa de emergência para o efeito, no âmbito do qual se enquadra esta visita, com o objectivo de se relançar o valor que a Cultura tem na criação de emprego.
Colocação de uma placa de identificação, acessibilidade do mercado, reabilitação das sedes e dos fornos, são outras necessidades apontadas pelas duas casas de cerâmica geridas pela Associação Comunitária para Desenvolvimento de Fonte Lima e Cooperativa de Artesanato e Cerâmica de Fonte Lima.
“A preocupação do Ministério da Cultura, aliás consta no programa do Governo, isto é, fazer com que o sector da Cultura seja regador de rendimento e de postos de trabalho”, disse o ministro, acrescentando que tendo as “mínimas condições”, essas mulheres podem garantir a sua própria sustentabilidade, sem terem de pedir “nada ao Estado”.
Nesse sentido, Abraão Vicente avançou que o ministério vai agir “imediatamente” no sentido de lhes criar as “mínimas as condições de trabalho”, pelo que após o envio dos orçamentos vão começar a financiar os instrumentos básicos de trabalho e a própria pedagogia ligada ao design para os ajudar a fazer peças “mais pequenas e modernas” além dos tradicionais “bindes e potes”.
No seu entender, as duas casas podem ser incubadoras para aprendizagem e pedagogia para a nova geração, aconselhando os jovens no desemprego a verem que este é um trabalho digno que pode sustentar famílias.
Por outro lado, o ministro fez saber que Fonte Lima poder ser um caso de estudo a nível nacional, no âmbito do projecto de certificação do artesanato que, conforme explicou, passa por um longo projecto de reconhecimento do material local, uso de materiais endógenos de cada localidade, uso de técnicas e certificação dos produtos feitos, nesse caso localmente, para que se possa ter acesso ao mercado do turismo.
Abraão Vicente fez saber ainda, que o Governo vai regulamentar a venda e o acesso ao produto artesanato principalmente aos dois principais mercados, Sal e Boa Vista, que vai incluir também as olarias de Fonte Lima, no sentido de os dar um valor acrescentado àquilo que é o produto feito a partir do artesanato do interior de Santiago.
Ou seja, reforçou que a partir do momento em que o artesanato feito em Cabo Verde for certificado, obviamente os produtos vão ter um preço “mais justo”.
Indo mais ao pormenor sobre esse assunto, o ministro da Cultura explicou que ao considerar de “fundamental” a ideia do “preço justo”, com isso quer dizer que não se pode pensar que o produto feito por mulheres de Fonte Lima e outros devem ser vendidos ao desbarato, abaixo do preço real, tendo em conta que é um “trabalho físico, cansativo” e o preço justo vai valoriza-lo.
A vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Santa Cataria, Jassira Monteiro, que acompanhou o ministro da Cultura e Indústrias Criativas nessa visita, deixou também na ocasião, o compromisso de em parceria com o Ministério da Cultura ajudar na concretização dos projectos em carteira das duas casas de cerâmica.
C/ Inforpress

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