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Política

Estudo revela preocupação com aumento da corrupção e subornos em épocas eleitorais

Cinquenta e quatro por cento dos cabo-verdianos inqueridos num estudo efectuado pela Afrosondagem em 2014 afirmam que os votos são subornados (muitas vezes/sempre) enquanto a mesma proporção considera que os eleitores têm escolha genuína nas eleições.
O estudo que avalia o comportamento eleitoral dos cabo-verdianos revela, segundo declarações do presidente da Afrosondagem, José Semedo, em declarações à imprensa, “preocupação” já que 54% dos inqueridos afirmam que os votos são subornados.
“Se esses dados se confirmarem é muito preocupante, já que é extremamente elevada o número da população cabo-verdiana que, de alguma forma são ou foram corrompidos, o que acabada por desvirtuar os resultados que temos após as eleições no país”, disse.
Num país onde 56% dos cabo-verdianos dizem que eleições de 2011 foram “completamente livres e justas” ou “livres e justas, mas com pequenos problemas”, 42% de inqueridos consideram que as eleições possibilitam aos eleitores a possibilidade de remover do poder os líderes que não fazem o que o povo quer.
No que se refere a subornos na época das eleições, José Semedo admiti a necessidade da existência de leis e mecanismos que punem os políticos que enveredam por este caminho para desvirtuar os dados das eleições.
Ainda no que se refere a estudos, o Afrosondagem apresentou hoje, os resultados de um inquérito sobre a percepção de corrupção no país, que confirma que a Polícia é a instituição mais corrupta e os juízes e magistrados os menos corruptos no país.
Depois da Polícia, cuja taxa de corrupção atinge os 19%, o primeiro-ministro e funcionários do seu gabinete, bem como vereadores, funcionários públicos, das Finanças, da Assembleia Nacional e funcionário do gabinete do Presidente da República também entram na lista com 15%, 13% e 12% designadamente.
“Os dados em 2014 revelam que a apreciação da corrupção em Cabo Verde é baixa, mas há uma apreciação de que tem vindo a aumentar, com tendência para crescimento, o que demostra que há que se tomar medidas para pôr cubro a situação”, precisou.
Neste caso particular, José Semedo avança aspectos importantes saídos do estudo que dão conta que 56% dos cabo-verdianos não se consideram habilitado para lutar contra a corrupção e a constatação de que a mídia tem vindo a enfraquecer no seu papel quanto à denúncia da corrupção.
O inquérito, que entrevistou mil e 200 pessoas com 18 e mais anos, foi realizado nas ilhas de Santiago, do Fogo, de São Vicente e de Santo Antão de 22 de Novembro a 5 Dezembro de 2014.
Fonte: Inforpress

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