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Cultura

Djam Neguin deixa público livre para interpretar espectáculo

O jovem dançarino e coreógrafo Djam Neguin apresentou na Praia o seu solo “Je suis Quackverdiano”, com que participouna VII Bienal de Jovens Criadores da CPLP em Maputo, Moçambique.
Esta é a terceira vez que o artista apresenta a peça e é a primeira em Cabo Verde, representando uma “surpresa boa” para alguns dos espectadores no pequeno auditório do Palácio da Cultura Ildo Lobo (Platô) como disse um deles. “Não entendo muito de dança contemporânea e pensei que iria ser algo enfadonho, mas saí satisfeita”.
O espetáculo apresentado na noite de ontem (sexta-feira) teve cerca de 30 minutos e foi criado no imaginário do dançarino/coreógrafo, partindo de uma memória de quando era criança. De acordo com Djam Neguin, “Je suis Quackverdiano” começou a ser montado sobre a lembrança que guardou “muito carinhosamente” com ele, antes de emigrar para Portugal, aos 11 anos e que permaneceu com ele durante a continuação da sua formação.
Segundo diz, a peça foi criada sob a sua lembrança de quando vivia na Várzea e brincava com um patinho na banheira. A partir daí surge outras criações que deixa para o público interpretar. “Tem a ver com o que falei no final, mas depois entram outras coisas, como quando ouvimos a gravação como forma de distrair as pessoas sobre o que falava no espectáculo”.
Ainda, segundo a mesma fonte, das apresentações feitas em Moçambique “pessoas fizeram leituras diferentes daquilo que viram. “Claro que tem a ver com a minha infância, foi o ponto de partida”, afirmou Djam Neguin depois da apresentação.
“Je suis Quackverdiano”, ainda segundo explica, não é uma obra acabada, pois a cada apresentação foram introduzidas mudanças. “Essa peça foi diferente daquilo que fiz em Moçambique”, diz.
O dançarino/coreógrafo que está sempre em busca de novidades e realizar espectáculos de dança em Cabo Verde, diz que para 2016 pensa levar esta peça para outros pontos do mundo. Mas, por enquanto, tem um convite para participar, como estagiário, na realização do Festival Kinani e Danse L’Afrique Danse “para adquirir experiência em organização de festivais”, sublinha.
Isto porque, segundo diz, quer também realizar um festival de dança contemporânea em Cabo Verde. “Estamos muito atrasados neste aspecto”.
Mas para conseguir viajar para Moçambique e dar seu contributo nos dois “maiores eventos de dança contemporânea da actualidade e de África”, o jovem diz que precisa de apoio. CG

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