PUB

Sociedade

Associação sindical diz que profissionais da PJ em Cabo Verde estão todos sob ameaça de morte

Os profissionais da Polícia Judiciária (PJ) estão todos sob ameaça de morte, alertou hoje o presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação e Apoio a Investigação Criminal, que já anunciou uma greve de 48 horas.
Mário Xavier fez esta chamada de atenção em declarações à imprensa durante uma manifestação desses profissionais realizada ao fim da tarde desta quarta-feira, na Cidade da Praia, com início no Platô (centro da cidade) percorrendo até ao Palácio de Governo.
De acordo com este responsável, a manifestação antecede a greve convocada para os dias 02 e 04 de Julho, com a qual pretendem expor o descontentamento em relação aos “sucessivos incumprimentos” de acordos relacionados com a aprovação do estatuto, a actualização da grelha salarial e do quadro de transição da PJ.
“Queremos apenas que os nossos direitos sejam salvaguardados, porque hoje os profissionais da PJ em Cabo Verde estão todos sob ameaça de morte por parte dos criminosos, já que a PJ é uma das instituições no arquipélago com alto grau de risco e ninguém quer levar isto a sério”, sublinhou.
Segundo o presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação e Apoio a Investigação Criminal (ASFIC/PJ), o Governo quer dar à Polícia Judiciária um salário de 49.000 escudos e sem transporte, sendo que as viaturas da instituição estão “todas danificadas”, assim como “não existem materiais para trabalhar”.
Mário Xavier explicou que desde 2011 os profissionais da Polícia Judiciária estão a reivindicar os seus direitos e que até a data, “ninguém diz nada”, preocupando-se apenas “em tentar travar a greve”, nomeadamente por parte da Direcção-Geral do Trabalho (DGT) que há seis meses iniciou o processo da negociação, mas que entretanto “aparece apenas nas datas das manifestações ou greves” e depois é o “silêncio total”.
“Hoje queremos mostrar que a PJ não será vencida e que estamos dispostos a ir até às últimas consequências, porque isto é uma brincadeira com quem trabalha séria e arduamente todos os dias”, considerou o presidente, realçando que o estatuto apresentado pelo Governo “é uma aberração”, já que o mesmo propõe que os inspectores chefes de nível três e quatro, passem para o nível um e iniciarem a carreira de novo, assim como querem mandar especialistas da PJ para quadro comum da função pública.
Ao exigirem o índicie mínio de salário de 85.000 escudos, nesta manifestação os profissionais da PJ tinham cartazes com frases como “dja sta bom de troça” (chega de brincadeira), “basta”, “basta de falta de respeito”, “será que a segurança importa ao Governo?”, “não temos motivos para comemoração”, “exigimos um estatuto à altura da nossa responsabilidade”, entre outras.
Com o pré-aviso de greve entregue para realizar-se em simultâneo nas instalações da Polícia Judiciária na Praia, São Vicente, Sal e Boa Vista, a associação sindical indica que no decorrer da mesma garante-se o serviço mínimo nas instalações a partir das 16:00.
O pré-aviso de greve dos funcionários da Polícia Judiciária anunciada anteriormente para os dias 20 e 21 de Maio foi suspenso, segundo a ASFIC/PJ, porque o Ministério da Justiça mostrou-se “aberto” em discutir e consensualizar as reivindicações da classe, sendo que seria a segunda greve da PJ este ano, depois da última realizada nos dias 11 e 12 de Fevereiro, com

PUB

PUB

PUB

To Top