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Cultura

Crianças de Tira Chapéu vão participar em projecto social de organização canário

A organização Bloko del Valle, que trabalha com crianças vulneráveis e projectos sociais, chega a Cabo Verde no mês de Agosto para desenvolver um programa através da percussão.
Segundo o director musical do projecto Bloko del Valle, Unai Cañada, o grupo vai ficar por duas semanas na cidade da Praia, no bairro de Tira Chapéu, com as crianças que já foram identificadas, para através da percussão, desenvolver as capacidades das crianças.
Unai Cañada contou aos jornalistas cabo-verdianos presentes nas ilhas Canárias que a ideia de trabalhar com crianças do bairro de Tira Chapéu surgiu depois de ter conversado com Lourença Tavares, da ACRIDES.
“Vamos levar um primeiro grupo em Agosto e depois vamos continuar com o projecto regularmente. O trabalho será por duas semanas”, afirmou Cañada.
Cabo Verde será o segundo país africano onde o projecto Bloko del Valle irá desenvolver um trabalho social. “Primeiramente fomos trabalhar num orfanato no Quénia e descobrimos que a grande força e energia que o tambor produz nas crianças. Agora decidimos ampliar o nosso projecto a outro país e pensamos que como vivemos em Canárias, poderíamos ir para Cabo Verde”.
Ainda, segundo o director musical do grupo, o trabalho que quer realizar em Cabo Verde é por um tempo muito longo e que o grupo de crianças do Tira Chape é apenas o início. “Eles são a semente, vamos começar a regar isso mas a ideia é ver o que poderemos dar aquela sociedade e também trabalhar sobre a diferença económica entre as pessoas que vivem por exemplo no Platô e as pessoas de Tira Chapéu. Através da música, queremos juntar ambas as economias e faze-los ver como podiam ajudar-se”, salientou.
Unai Cañada que já conhecia Cabo Verde anteriormente e esteve recentemente no país, por duas semanas, para conhecer e identificar os espaços sociais onde trabalhar com o seu grupo. O trabalho em Agosto deverá começar com 125 crianças, e depois serão seleccionadas outras. Questionado se conhece o trabalho de outro grupo de intervenção que esteve em Cabo Verde para realizar um trabalho semelhante, Unai Canãda afirmou que realizaram um “óptimo” trabalho nesse sentido, apesar dos acompanhamentos feitos à distância. “O Afro Reggae fez um trabalho muito bom, mas o problema dos projectos à distância é porque não são acompanhadas de perto, mas foi muito bom. No espectáculo que realizamos aqui estamos a tocar com os tambores que eles construíram”, concluiu. CG

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