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Política

África necessita de dirigentes e lideranças “visionárias” na política e na sociedade – José Maria Neves

A África necessita de novos dirigentes e lideranças “visionárias”, não só da política, mas da sociedade civil, comprometidas com o bem comum do continente e capazes de debelar os males que assolam a região, defendeu hoje o primeiro-ministro.
Segundo José Maria Neves que falava à imprensa na Cidade Velha, depois de presidir à abertura da conferência sobre “África e desenvolvimento sustentável”, promovida pela União Internacional Cristã de Gestores e Empresárias (UNIAPAC-África), em parceria com a Associação dos Gestores, Empresários e Profissionais Católicos de Cabo Verde (AGEPC-CV), esses novos dirigentes devem ser capazes de “debelar os males” que assolam a região.
“África necessita de novos dirigentes e novas lideranças, visionárias, estrategas, mas sobretudo, lideranças comprometidas com o bem comum do continente africano, ou seja, que possam colocar tudo que a África possui, ao serviço da África e da dignidade das suas gentes”, afirmou, indicando o tráfico das pessoas, as doenças e as várias calamidades, como alguns males que ainda afectam o continente africano.
No entender do primeiro-ministro, os Estados africanos devem ser capazes de promover as liberdades e a democracia, de construir uma visão de desenvolvimento sustentável e de executar estratégias suscetíveis que possam criar dinâmicas de crescimento económico e igualdade de oportunidades no acesso aos bens essenciais.
“Só com o desenvolvimento sustentável podemos estancar o êxodo dos africanos em direcção a Europa, só com o desenvolvimento sustentável podemos combater a pobreza, as desigualdades sociais e todas as formas de descriminação, e este é o grande trabalho que temos pela frente”, disse.
Em relação a Cabo Verde, José Maria Neves considera que nos 40 anos de independência, o país que acolheu a primeira diocese africana criada em 1533, deu um “grande salto”, transformando-se num Estado de direito democrático, na 31ª democracia do mundo, no segundo país mais bem governado de áfrica e que está prestes a cumprir os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio.
Entretanto, o chefe do Executivo cabo-verdiano é de opinião que, apesar dos ganhos, novos desafios emergem, e que têm a ver com a criação de emprego, da promoção da segurança, a celeridade da justiça, o combate às desigualdades, desafios que considera que só pode ser ultrapassada, através de um processo de diálogo social com os parceiros.
É neste sentido que considera que o encontro de hoje seja “muito importante”, já que a doutrina social da igreja serem ensinamentos que são disponibilizados para todos, não só para os cristãos, mas para todos aqueles que se “preocupam com o bem comum, com interesse geral e com a dignidade da pessoa humana e a criação de condições para que todos vivam com muita dignidade”.
A conferência sobre “África e desenvolvimento sustentável” vai discutir temas relacionados com os problemas que mais afectam a África, como a gestão política, económica e questões culturais, religiosas e éticas, e reúne bispos, arcebispos e representantes associativos de vários países de África, Europa e América Latina.
Fonte: Inforpress

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