O artista cabo-verdiano, Loony Johnson, nomeado na categoria de melhor música urbana nos Cabo Verde Music Awards com o tema “Terra Sabe” disse em entrevista ao A NAÇÃO que este é um evento que beneficia todos os artistas.
Segundo Johnson são vários os artistas, músicos e compositores que deram o seu contributo para a música de Cabo Verde como os Cesária Évora, Livity. “Todos fizeram muito pela nossa música”.
Lonny Johnson foi um dos artistas que declinou a nomeação na quarta gala (2014) porque a música feita em parceria com Tó Semedo “Undi da ki panha” (TLDreamz) não figurou na categoria Melhor Música do Ano.
Este ano voltou a ser nomeado e, desta feita, não renunciou. “Fiquei surpreso com a nomeação. Aliás os outros colegas que haviam renunciado também ficaram, como o Mika Mendes e o Djodje, porque já tinham dito que quem tivesse recusado não seria mais nomeado”, afirma o artista.
Entretanto, Loony Johnson continua reticente quanto ao regulamento e as nomeações. Para o artista ainda falta muito para que as regras possam ser “justas”, principalmente com os artistas que residem fora de Cabo Verde.
“O que mais me chamou a atenção foi o facto do Dynamo estar nomeado em quatro categorias, com os trabalhos do primeiro álbum, e não estar entre os artistas revelação. Outra música que deveria estar nomeada é “Uma chance” do Djodje que teve mais de cinco mil visualizações do Youtube.
Sobre a renúncia do ano passado, Johnson diz ter falado com Gilyto Semedo (da organização) e esclarecido algumas dúvidas, e que se depender dele vai dar os contributos pedidos e necessários sempre que for solicitado.
“Estou disponível e aberto para isso. Se temos um prémio que dá valor à música e aos artistas cabo-verdianos, é uma boa iniciativa, mas tem de ser justo dentro do conceito daquilo que acontece lá fora também”, conclui.
O evento CVMA acontece anualmente e tem como um dos objectivos galardoar os artistas, compositores e pessoas que trabalham nessa área pela trabalho que desenvolvem na música. CG
