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Economia

BCV reúne-se com Bancos Comerciais com situação do crédito à economia na agenda

O Conselho de Administração do Banco de Cabo Verde (BCV) reúne-se esta sexta-feira, na sua sede, na cidade Praia, com os responsáveis «ao mais alto nível» dos Bancos Comerciais.
Dentre os objetivos dessa reunião destacam-se a análise de algumas questões que se prendem com a garantia do cumprimento dos objetivos da política económica e a avaliação da necessidade de eventuais medidas contingenciais que se impõem na atual conjuntura económica e financeira.
No encontro pretende-se, também, proceder a uma breve reflexão sobre os desafios decorrentes da Lei de Bases do Sistema Financeiro, particularmente no que toca à implementação do Fundo de Garantia de Depósitos e Fundo de Resolução de Crise Bancária.
A NAÇÃO sabe, no entanto, que a situação de “anemia” em relação ao crédito à economia é, também, um dos motivos desse encontro entre o BCV a e os Bancos Comerciais, como o propósito de gizar novas formas de reanimar o sector.
O governador do BCV, João Serra, considerou, numa recente entrevista ao A NAÇÃO, que, nos últimos três anos, o crédito à economia registou um crescimento “residual” e, “como se sabe, a economia precisa de crédito para crescer”.
“Nesse quadro pensamos realizar um encontro com todos os responsáveis da banca, em Cabo Verde, para discutirmos com eles, na perspectiva de incentivá-los a conceder mais créditos à economia”, referiu Serra, ressalvando, no entanto, que os projectos a serem financiados deverão dar garantias de viabilidade. Isto porque “os níveis crédito malparado constituem uma preocupação para o banco central”.
Internamente, o BCV pretende fazer uma reflexão ao nível dos serviços competentes no sentido de se adoptar uma política monetária mais propicia o crescimento económico.
“Até agora temos mexido, basicamente, nas taxas directoras, sejam elas taxas de cedência de liquidez e de absorção de liquidez, mas a transmissão monetária aqui em Cabo Verde é muito lenta. O BCV reduz as taxas de juro, mas não há um acompanhamento da banca comercial”, frisou Serra. “Por causa disso estamos a fazer essa reflexão sobre eventuais outras medidas alternativas, que não passam apenas pela redução das taxas de juros directoras, de forma que a banca tenha um estímulo extra para atribuir mais crédito à economia, reduzindo as taxas de juro”.

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