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Economia

FIC 2014: empresários investem na promoção de produtos e negócios

É já considerada a maior FIC de sempre. Ao todo são 204 stands, mais de uma centena de empresas e instituições de 18 países diferentes, e com a presença de 67 empresas nacionais vindas não só da capital, mas também das principais urbes do país. As portas abriram esta quarta-feira,19, ao final da tarde e as expectativas são as melhores possíveis.

Para muitos a promoção dos produtos e a oportunidades de contactos justificam o investimento financeiro feito nos stands e deslocação, para outros o objectivo passa mesmo por tentar fazer negócios reais, de acordo com as oportunidades que o mercado tem para oferecer.

De Portugal chega-nos pela primeira vez a Siemens Energy. Uma empresa que dispensa apresentações e que mesmo sendo uma “gigante” dos mercados internacionais, decidiu também sondar as oportunidades que Cabo Verde pode oferecer.

João Festas, director de vendas garante que “Cabo Verde é um país que tem um potencial muito grande nas energias renováveis e a Siemens como produtora de soluções de energias renováveis pode contribuir para o desenvolvimento do mercado energético das ilhas”.

Esta empresa veio integrada numa missão da Comunidade Europeia e além da FIC vai ter reuniões bilaterais com empresas locais do sector e autoridades nacionais. “A nossa expectativa é sair com coisas concretas daqui e penso que há oportunidade para isso. Pelo menos há vontade de ambos os lados”, assegurou.

Por outro lado, Festas não esconde os interesses no mercado africano e saliente que “Cabo Verde tem uma posição geoestratégica e todas as condições para ser um hub de entrada nos outros países da Região”

Além da Europa, que está fortemente representada, a FIC 2014 conta com uma forte presença de países africanos. Costa do Marfim e São Tomé e Príncipe são dois estreantes neste certame. Ambos representados fortemente pela componente de produtos locais e artesanato, como forma de conquistar novos mercados e alguma troca de contactos e experiências.

Rosalie Niamien, vem de Abidjan para expor os seus produtos e acessórios de moda. “São peças originais, feitas por mim. Se conseguir encontrar alguém que esteja interessada em vender ou distribuir os meus produtos em Cabo Verde seria muito bom”. Esta empresária mostra-se expectante e diz estar “muito feliz” pela oportunidade.

Também de São Tomé chega-nos Odair dos Ramos presidente da “Uê Tela” uma cooperativa de artesãos santomenses, que trabalham sobretudo materiais locais. “O ramo de artesanato tem um mercado ainda pequeno. Quisemos aproveitar a oportunidade para mostrar os nossos produtos porque em São Tomé temos um novo artesanato, que identifica na realidade a nossa cultura”, afirmou. Esta cooperativa resulta de um projecto entre Brasil, CPLP e São Tomé e tem permitido aos artesãos viverem da sua arte. Em Cabo Verde, buscam “trocas de experiências” e “contactos”, pelo que as expectativas são as melhores e quem sabe exportar alguns produtos como já acontece para o Brasil.

ACTIVIDADES VARIADAS

Este ano a feira é organizada por uma comissão ad-hoc, formada pelo sector público e privado, com representantes do Governo e Câmaras do Comércio de Barlavento e Sotavento e conta com um vasto cartaz, incluindo a componente cultural.Para além da exposição em si, a feira conta com várias actividades. Workshops, conferências e rodadas de negócios, entre outras.

Hoje mesmo, quinta-feira, 20, acontece o workshop “Qualidade e Confiança – Factores de Crescimento e Competitividade” e “Oportunidades & De- safios de fazer Negócios com os EUA”. Amanhã, 21, os destaques vão para a “EXPO Financiamento – CCISS e ADEI” e para o workshop – “O papel das TIC na modernização do País e na criação da Riqueza Nacional”.

Já no sábado, 22, acontece o “ Fórum Regional sobre Integração Económica”, que irá contar com a presença das de- legações da CEDEAO. A feira é aberta a empresários, mas também ao público em geral. GC

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