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Sociedade

PM pediu ponderação e serenidade à polícia judiciária face a eventual greve na corporação

O primeiro-ministro cabo-verdiano pediu hoje “muita ponderação, serenidade e maturidade” à Polícia Judiciária (PJ) do país, que ameaçou convocar uma greve nacional de 24 horas no final deste mês, caso as suas reivindicações não sejam satisfeitas.
A ameaça de greve foi feita pelo presidente da Associação Sindical dos Funcionários da Investigação Criminal da Polícia Judiciária Cabo-Verdiana (ASFIC/PJ), Mário Xavier, que acusou o ministro da Justiça, José Carlos Correia, de estar “desatualizado” e de “costas viradas” para as exigências dos cerca de 100 agentes da PJ em todo o arquipélago.
Os funcionários exigem a análise urgente da proposta do novo estatuto e respetiva aprovação imediata, a atualização da grelha salarial, a restituição das promoções em atraso, o pagamento urgente dos retroativos das promoções de 2005 e a contratação de novos quadros para a carreira de investigação criminal.
Em resposta hoje em conferência de imprensa após um encontro com os ex-Presidentes da República, António Mascarenhas Monteiro e Pedro Pires, o primeiro-ministro José Maria Neves pediu “ponderação, serenidade e maturidade” à PJ na análise das questões.
“As forças de segurança não podem estar a criar instabilidade e a realizar greves de qualquer maneira”, entendeu o chefe do governo, garantindo que o Executivo vai discutir diretamente as questões com os agentes e servidores da polícia científica cabo-verdiana.
“Espero que encontremos as melhores formas de regular a situação com os guardas prisionais, como também com a PJ, evitando que haja greve e pedindo às pessoas a necessária serenidade, sobretudo neste momento delicado para o sistema prisional e para a polícia científica cabo-verdiana”, pediu.
Embora admitindo abertura negocial, Mário Xavier garantiu que se as reivindicações não forem atendidas antes do final deste mês, a ASFIC/PJ avançará com a paralisação.
Terça-feira, José Carlos Correia, diretor da PJ até ser chamado para o Governo, em 2011, garantiu que autorizou há uma semana o pagamento faseado de parte dos retroativos, cerca de 14 mil contos cabo-verdianos (127 mil euros), tendo defendido que, havendo um início do cumprimento, “não há razões para continuar com a intenção de fazer greve”.
Em novembro de 2013, o tribunal, em que foi entregue em 2011 uma queixa-crime pela ASFIC/PJ, condenou o Estado a pagar aos funcionários da PJ a diferença salarial, com efeitos retroativos e com juros de 8% ao ano, o que acabou por não acontecer.
Fonte: Lusa

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